Tecnologia armamentista do Exército Brasileiro – É boa?

Para o mundo das aparências, o Brasil é samba, Chico Buarque, sol permanente e inundando as garotas de Ipanema, muito café Jorge Amado, o melhor futebol do mundo, Roberta Close e três ou cuatra coisas mais. Mas por trás dessa fachada de cartão postal, há um Brasil cuja poderio econômico não fica no desenvolvimento de indústrias tradicionais nem na simples exploração da riqueza mineral, mas que chega a um campo pouco comum as armas.

E chega com a força e a rapidez de um milagre. Há dez anos este subcontinente (oito milhões e meio de quilômetros quadrados, quase 150 milhões de habitantes) era um tosco produtor de explosivos e algumas armas elementais e hoje sua indústria bélica conta-se entre as dez primeiras do mundo, com vendas anuais que chegam a 2.500 milhões de dólares.

Exército armas

TECNOLOGIA BRASILEIRA

Para começar a desenvolver esta indústria, o Brasil montou suas expectativas em dois organismos básicos e os dotou de orçamentos e recursos humanos para que possam funcionar com conforto e boa perspectiva. O Centro Tecnológico Aeroespacial, de São José dos Campos, e o Centro Tecnológico do Exército e da Marinha, no Rio de Janeiro, foram os dois pontos de apoio para esse salto, alto e largo, que foi preso a indústria bélica nos últimos dez anos .

QUASE A PERFEIÇÃO

Atualmente, a estrela chama-se Osório. É um tanque que já tem sido usado com sucesso em vários combates a sério e que, embora apesar 41 toneladas “tem a destreza de um ginasta e o alvo de Guilherme Tell”.
A arábia Saudita foi um dos primeiros compradores deste blindado que, usando seus mecanismos hidráulicos e seus comandos eletrônicos, dá uma volta em círculo em seis segundos e é um verdadeiro todo-o-terreno: atravessa lacunas de três metros de profundidade, passa rios de até dois metros de fundos e vence encostas de até 65 graus de inclinação. A sua capacidade de tiro se deve a dois periscópios, um giro estabilizador e outro panorâmico, ambos com teleláser.